A conta da corrupção: R$ 25 bilhões já retornaram aos cofres públicos

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Um levantamento do Ministério Público Federal no Paraná mostra que nos últimos sete anos já foram homologados acordos de leniência, de delação premiada e de repatriação, que garantem a devolução de 25 bilhões de reais desviados dos cofres públicos. O maior volume de recursos foi recuperado pela equipe de procuradores da Operação Lava-Jato, que investigou o esquema do petrolão durante os governos do PT.

A Petrobras, até agora, é uma das maiores beneficiárias da devolução de recursos. A estatal já recebeu em seu caixa 6,28 bilhões de reais, a partir de acordos da Lava-Jato firmados com empresas, empresários e diretores que participaram do esquema de corrupção na estatal. Somente o ano passado, a Petrobras recuperou 1,2 bilhão de reais.

Segundo o levantamento do MPF, foram fechados 43 acordos de leniência com empresas envolvidas em esquemas de corrupção. Estes acordos representam a recuperação de 24,5 bilhões de reais, valores não corrigidos. O acordo de leniência é uma espécie de delação premiada da empresa, que assume os crimes dos quais é acusada e aceita devolver dinheiro.

O MPF também computa o fechamento de 156 acordos de colaboração premiada, nos quais os réus assumem os crimes, colaboram com a Justiça para desvendar os esquemas de corrupção e muitas vezes devolvem dinheiro. Parte do dinheiro recuperado vai para a Petrobras, parte para a União.

Uma parcela dos recursos de um acordo com a Odebrecht foi devolvida ao Departamento de Estado dos Estados Unidos e para a Procuradoria-Geral da Suíça, que participaram das investigações no exterior. Esta semana, o FBI ofereceu 5 milhões de dólares para quem der informações que ajudem a desvendar outros esquemas de suborno na Petrobras.

A Petrobras informou a VEJA que parte dos acordos que estão sendo realizados  para a devolução de recursos está sob sigilo e que ainda não pode divulgar os nomes das pessoas físicas e empresas envolvidas nestes processos. “Quanto aos prejuízos, eles são calculados de acordo com diferentes metodologias e será definido de acordo com o final das ações de ressarcimento”, diz a Petrobras.

VEJA


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