Sob ‘efeito Marçal’, Datena, Nunes e Boulos desistem de debate

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Três dos seis principais candidatos das eleições de 2024 não irão ao debate da Revista Veja organizado nesta segunda-feira (19). Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB), ficarão de fora do encontro, que terá apenas três remanescentes. Oficialmente as campanhas sugerem problemas de agenda, mas nos bastidores há uma insatisfação comum: a presença de Pablo Marçal (PRTB).

O primeiro debate, na TV Bandeirantes, rendeu um pedido do Ministério Público Eleitoral a Polícia Federal depois que uma notícia crime do PSOL acusou Pablo Marçal de ter chamado Guilherme Boulos de ‘cheirador de cocaína’.

No segundo debate, do Estadão com o Terra, Marçal e Boulos protagonizaram um bate-boca nos bastidores. O candidato do PSOL chegou a tentar tirar da mão de Marçal uma carteira de trabalho que havia sido levada por ele para sugerir que ele não trabalhava.

As críticas, ofensas e provocações geraram discussões internas em todas as campanhas. À CNN, Nunes criticou o tom adotado.
“Os debates não estão debatendo a cidade, viraram palco de ataques, não estão indo para debater propostas, mas para fazer cortes”, disse.

Oficialmente a equipe de Datena afirma que ele não irá ao debate por uma estratégia interna de priorizar compromissos. Já a coordenação da campanha de Boulos, que também não vai ao debate, discutirá o tema numa reunião marcada para as 14h desta segunda.

O coordenador político da campanha de Tabata Amaral (PSB), Orlando Faria, disse à CNN que a ausência dos oponentes poderá provocar uma nova avaliação. “Seguimos com a programação normal. Se eles realmente não forem, aí tomaremos algum posicionamento”, disse ele.

Questionado pela CNN sobre a debandada, o coordenador da campanha de Pablo Marçal, Wilson Pedroso, criticou a postura dos oponentes. “Parecem crianças que se acham donos da bola e agora que estão levando goleada querem levar a bola embora”, afirmou ele.

CNN


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