Bombeiros atenderam 13 ocorrências de incêndio no RN

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O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) atendeu, na tarde desta terça-feira (17), 13 ocorrências de incêndio em áreas de vegetação nas cidades de Natal, Parnamirim e São José do Mipibu. Uma das ocorrências mais preocupantes foi registrada em um terreno baldio no bairro de Cajupiranga, em Parnamirim. No local, os bombeiros precisaram criar acessos para chegar ao foco do incêndio, que ameaçava residências próximas. Ninguém ficou ferido e nenhuma edificação foi atingida.

Segundo o CBMRN, as equipes foram acionadas para controlar as chamas que se espalharam rapidamente devido à vegetação seca e aos fortes ventos, comuns nesta época do ano. As operações contaram com a atuação de várias guarnições, que se empenharam para conter os focos e evitar maiores danos ambientais.

A corporação reforçou a importância da prevenção e orienta os cidadãos a evitarem ações que possam provocar incêndios, como o descarte inadequado de lixo e o uso de fogo para limpeza de terrenos. Em caso de suspeita de incêndio, a população deve acionar o 193 imediatamente.
O Brasil vivencia um panorama grave de queimadas e incêndios florestais em 2024.

De janeiro a agosto, os incêndios atingiram 11,39 milhões de hectares, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados no último dia 12. De acordo com o levantamento, 5,65 milhões de hectares – área equivalente ao estado da Paraíba – foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total do ano.

Na tarde desta terça-feira, está marcada uma reunião dos chefes dos Três Poderes da República para tratar da questão. O encontro foi proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou o início da semana em reunião com ministros do governo. Em junho, o governo criou uma sala de situação preventiva para tratar sobre a seca e o combate a incêndios, especialmente no Pantanal e na Amazônia.

Fumaça
O Brasil precisa reduzir a exposição da população à fumaça gerada pelas queimadas para evitar um aumento do número de casos de câncer nas próximas décadas. O alerta é da epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que define o cenário atual como “muito preocupante”.

“Se a gente não prevenir essas questões hoje, a gente corre risco de ter um aumento dos tipos câncer relacionados ao sistema respiratório em um futuro próximo”, diz Ubirani Otero.
O alerta da especialista aponta o caminho para evitar o surgimento de casos. “A melhor prevenção contra o câncer é a eliminação da exposição. Se cessar o quanto antes, a gente pode prevenir muitos casos no futuro.”

A epidemiologista explica que a fumaça proveniente dos incêndios florestais é formada por inúmeros compostos químicos, o que a torna cancerígena.
“As queimadas geram muito material particulado. Estamos falando de liberação de monóxido de carbono, solventes, metais pesados, hidrocarbonetos aromáticos, fuligem, uma gama de material que fica suspenso no ar”.

Tribuna do Norte.


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