O salário mínimo passará de R$ 1.212 para R$ 1.294 no ano que vem. É o que prevê a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023, sancionada nesta quarta-feira (10) pelo presidente Jair Bolsonaro, com vetos.
Caso o valor se confirme, a remuneração mínima paga aos trabalhadores subirá R$ 82,00, um aumento de 6,7%. O valor é menor do que a estimativa em relação ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), divulgado no último boletim macroeconômico do Ministério da Economia. O piso subiria dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.301,81, um aumento de R$ 89,81.
O indicador é responsável por medir a inflação das famílias mais pobres e serve de base para o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias.
Já a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve a primeira queda dos preços em julho, de 0,68%, o menor resultado da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. A redução dos preços dos combustíveis (-14,15%) e das tarifas de energia elétrica (-5,78%) aliviou o bolso dos brasileiros e contribuiu para a primeira deflação brasileira desde maio de 2020.
As estimativas de que a inflação será menor em 2022 são justificadas pela redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano.
R7