“União Brasil vai ser a favor do País”, diz Agripino sobre possível adesão a Lula

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Apesar de o União Brasil (UB) ter indicado dois ministérios do governo Lula e ainda ter escolhido um nome para um terceiro, o presidente da sigla no Rio Grande do Norte, ex-senador José Agripino Maia, ainda vê “com reservas” o início do governo petista. O ex-senador não quis entrar em detalhes sobre quais seriam essas “reservas” em relação à gestão petista e defendeu a independência da sigla.

Em entrevista ao AGORA RN nesta terça-feira 14, Agripino foi questionado sobre como se comportará a bancada do União Brasil RN na Câmara dos Deputados em relação aos projetos do governo do presidente Lula (PT). A legenda comandada por Agripino tem como representantes na Casa do Povo os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire.

“Eles vão votar as matérias de interesse nacional. Você tem que perguntar isso a eles, aos deputados Benes Leocádio e ao Paulinho Freire. O União Brasil vai ser a favor do País. As matérias de interesse do País terão o voto favorável, as que não forem do interesse do País merecerão o voto contrário”, declarou.

Embora esteja dentro do governo Lula, o União Brasil tem resistido em formalizar, a nível nacional, o apoio à gestão petista. Nesta terça-feira 14, o líder do partido, deputado federal Luciano Bivar (PE), afirmou que precisa de mais espaços para entregar a fidelidade pedida pelos petistas no Congresso.

“O PT é feito por pessoas inteligentes, que sabem que para fazer política é necessário ter espaços. Quanto mais espaços tivermos, melhores ferramentas podemos oferecer e mais apoios poderemos garantir”, disse Bivar.

Atualmente, o União Brasil detém os comandos dos ministérios do Turismo, com a ministra Daniela Carneiro, e o das Comunicações, com Juscelino Filho. O partido de Bivar ainda indicou o ministro Waldez Góes para o Ministério da Integração Nacional. Góes é filiado ao PDT, mas é aliado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e foi nomeado por indicação do ex-presidente do Congresso Nacional.

GOVERNO FÁTIMA

O presidente do União Brasil no RN disse esperar que a relação próxima entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e o presidente Lula traga bons frutos para o RN. A expectativa do líder partidário é que Lula retribua os votos que recebeu do povo do Rio Grande do Norte, Estado onde ele foi vitorioso com mais de 1,3 milhão de votos, perdendo apenas em Parnamirim, cidade onde o ex-presidente Jair Bolsonaro obteve maioria.

Em Natal, principal colégio eleitoral do Estado, Lula venceu com 52,96% (246.881 votos) contra 47,04% de Bolsonaro (219.306 votos).

“Espero que ela [Fátima] tenha o apoio do governo do presidente Lula, que tem relações pessoais com ela e que faça pelo Rio Grande do Norte aquilo que os votos do Rio Grande do Norte deram a ele. Retribua em ação, através do governo Fátima, os votos que o Rio Grande do Norte sempre deu a ele”, declarou.

ASSEMBLEIA

Em relação à Assembleia Legislativa, Agripino disse que sua orientação é que a bancada seja independente. O União Brasil na ALRN é composto pelos deputados Taveira Júnior e Ivanilson Oliveira. O líder do UB no RN lembrou, no entanto, que os parlamentares são autônomos para seguir o caminho que entenderem ser o melhor para seus respectivos mandatos.

“A minha orientação é de ser independente. As matérias que forem de interesse do Estado, na minha opinião merecerão o voto favorável, mas eu não tutelo a opinião de deputado federal nem estadual, eu posso estabelecer o diálogo. Aquilo que for matéria de interesse do Estado ou da União, o meu aconselhamento será pelo voto sim, o que não for, que for de interesse político e não for de interesse da sociedade merecerão o voto ‘não’, pelo meu aconselhamento, mero aconselhamento”, finalizou.


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